domingo, 14 de fevereiro de 1993

Musa da passarela

Em seus passos tu voavas
E cada contato teu com a passarela
Enchia de encantos a platéia
Que como eu também te amava
Ah! Que ciúme do chuveiro
Que com sua água tão pura
Insistia em descobrir
Um pouco dessa loucura que é você.
E tu deslizavas
Num vai e vem quase perfeito
Que eu mesmo sem jeito
Procurava acompanhar.
E os teus olhos tão penetrantes
Me sufocavam a cada instante
Que insistia em te olhar.
E tuas curvas perigosas
Que eu seguia alucinado
Escapava-me aos olhos
Neste teu corpo tão molhado.
Teu cabelo tão perfeito
Que antes voava aos ventos
Agora preso ao teu corpo
Fantasiava mil momentos
O tempo tão mesquinho
Voava ao teu encontro
E me deixou aqui sozinho
Um pouco louco e meio tonto
Musa da passarela
De uma tarde sem igual
Fostes por um momento
Todo o meu ideal.
E agora que passastes
E eu nem sei o teu nome
Fica apenas uma lembrança
De um desejo que me consome.

Roberto 14 / 02 / 93

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